segunda-feira, fevereiro 2

10 Melhores álbuns de 2008 (parte: Chris)

Antes de começar, matemática explicativa. Decidimos fazer um 'Top 10' e dividí-lo em dois. Dos dez, cada um tirou cinco para fazer os comentários. Os melhores de 2008 só funcionam juntos, por isso não leve tão em consideração as hierarquias aqui postadas.

Depois de tudo esclarecido:

5º: WOMEN – WOMEN
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Música moderna, pra você, é sinônimo de Björk? Pra mim é Battles. E é com base na mesma ousadia que o Battles mostrou ano passado, com Mirrored, que considero Women um dos melhores do ano. Ruidos sincronizados e pouca fidelidade são o que mais marcam o primeiro álbum dos canadenses. Não sei muito sobre a banda. Também não há muito o que dizer, e sim o que ouvir. Vá em frente.




4º: ORACULAR SPECTACULAR - MGMT
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Chamar de psicodélico o “Oracular Spectacular” pode até soar clichê. Mas esse é o adjetivo perfeito para o primeiro disco do MGMT (The Management, para não cometer gafes). Te transporta de uma aldeia indígena, ainda intocada pela modernidade, para uma comunidade hippie que já a conheceu e deixou. Do passado, em lembranças da infância,a um futuro sem esperanças, como num episódio de “Perdidos No Espaço”.
E entre essas idas e vindas no tempo-espaço é possivel notar semelhanças fortes entre MGMT e bandas como Pink Floyd e Klaxons, estes últimos muito comparados (injustamente) com os novaiorquinos, quando o álbum ainda estava fresco. Fácil de ouvir e mais ainda de gostar, com poucos pontos baixos, faz toda essa viagem sem tirar os olhos da pista de dança.


3º: SANTOGOLD – SANTOGOLD
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É o que pode ser chamado de ecletismo limitado e de qualidade. A cada faixa é possível ouvir uma banda diferente, mas no fim tudo se encaixa. A guitarra que soa diferente a cada música. A voz negra e metalizada de Santi White. Os sintetizadores bem organizados. A bateria marcada. A pluralidade de estilos (Reggae, Surf, Rock, Ragga...). A voz! É uma M.I.A. sem a política.
Bem provável que você não goste de todas as faixas do álbum. Mas quase impossível não gostar de nenhuma. Como numa caixa de bombons.


2º: JIM – JAMIE LIDELL
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Jamie Lidell tem um estilo único. Faz parecer que o eletrônico surgiu de uma ramificação do soul na década de 60. Jim é o tipo do álbum que funciona nas piores horas. Quando momentos de desânimo pedirem discos ‘de desânimo’, a prescrição que eu dou é ignorar os sintomas e se automedicar com o terceiro álbum do inglês. Jim soa tão simples e descontraído que durante as dez faixas do cd é possível notar entusiasmo, diversão e vontade de fazer música, que cada vez menos se encontra. Se ainda tem alguma dúvida, tente “Another Day”.


1º: MIDNIGHT BOOM – THE KILLS
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Vontade de que nunca acabe da primeira à última música. Mesmo com a última faixa não sendo tão boa assim. O disco transpira um lo-fi junkie e dançante. Dançante sem ser repetitivo e junkie sem ser feio. A letra de “Cheap and Cheerful” faz com que ela seja o ponto mais alto do cd, mesmo eu sendo daqueles que prefere música à letra. “Last Day of Magic” é outra que não fica para trás, o refrão é do tipo chiclete, da vontade de cantar alto. É pop na medida certa. Rock na medida certa. E o álbum que mais ouvi nesse ano de 2008.

Obs.: A relação do nome do blog com o de uma das faixas do álbum é mera coincidência. Juro.
Só para não desmerecer, a dúvida quanto à seleção dos álbuns foi latente(ainda é). Que fique bem claro que Hot Chip, Black Kids, Of Montreal, Portishead, Dr. Dog, Foals entre outros são merecedores de destaque.